Voa Voa

... que o tio agora namora Lisboa.

terça-feira, fevereiro 14, 2012

Por um punhado de pensamentos (Homenagem a Álvaro Cunhal)

Por um punhado de pensamentos
o Homem torna-se figura
renega a fartura
vence as balelas
ama para sempre as suas armas
dorme, toma banho, vive com elas
Cunhal, ouve-se logo o teu ideal
ele grita com a força que um nome pode ter
a força de um nunca, de um sempre, de um crente...
Líder inquebrável
feito da mesma massa que a pessoa mais simples
serias o pai de um povo
o tão esperado e saudável...
começar de novo.

sexta-feira, março 18, 2011

Uma noite comigo

Uma noite comigo
com pássaros a cantar ao desafio
as nuvens a chorapingar
e o pensamento a dar a dar
Farto de amar
farto de ser puro
de andar a brincar no escuro
porque quando tudo fica às claras
a luz só faz é cegar
A coberta nada faz
a tua frieza teima em envolver
o coração só sabe bater
é raro deixar-me em paz

sábado, março 12, 2011

Quero ser mudo

Quero ser mudo
quando as palavras são o menos
e não chegam pa dizer tudo
tudo aquilo que nós temos
Quero ser expressão e gesto
apenas o que me faz ser honesto
venha o conflito, mas verdadeiro
e muita harmonia
doce harmonia... sem enfeites de pasteleiro

quinta-feira, março 03, 2011

Tenho o ventinho da nostalgia a soprar

Tenho o ventinho da nostalgia a soprar
bate de frente
fecho os olhos e vou devagarinho a sonhar...
sonho até me arrepiar
bate de trás
avanço sem parar
levado pela música alta
do mundo a girar
Queria que me ajudasses a lembrar
dias de banda desenhada
com tantos quadradinhos de uma penada
o sol é uma estrelinha cai-cai
cheia de boas surpresas
de silêncios e gentilezas
o tempo é aviador
vai sem esforço a planar
lá de cima vê-se todo o amor
no quadro que estamos a pintar

quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Para quê lutar?

Para quê lutar?
se todos os caminhos da minha memória vão dar a ti
Ainda há um céu cheio de flores onde quero encontrar-te e ficar abraçado
um lugar tão bom, nem apetece deixá-lo a desvanecer no tempo
Cá em baixo tenho medo de te encontrar
medo de trocar um olhar ou uma palavra
e quero tanto que ele passe...

Sou um gajo calmeirinho

Sou um gajo calmeirinho
ando pelas ruas sozinho
sou o cowboy da pizza
tenho molho de tomate na camisa
O meu corcel é um pastel
um aranhuço de duas rodas
mas é fiel...
e vai a todas!
É um trabalho que abre muitas portas
e me leva quase ao telhado
mas eu quero é orgias de gorjas
e um sorriso no cliente chapado!
Ando por átrios escuros
elevadores de encolher
mas onde é que eu me vim meter!
esta vida é só pa duros!
É à porta da loja que se faz a concentração
diz-se umas larachas
desarma-se o canhão
e quando saiem as bolachas
a velha até larga as caixas
porque aí entro em acção!

És um verdadeiro agasalho descomunal

És um verdadeiro agasalho descomunal
cheio da fibra
conforto fetal
Caibo numa manga
com espaço pa girar
como se um grande panda
me estivesse a embalar
Até há borbotos a sorrir
pêlos a cair
dobras misteriosas
e nódoas amistosas
O amor é feito de lã
diz o tecelão à tecelã
e a malha fina guarda o calorzão
que vem do nosso coração!

Maldito labirinto!

Maldito labirinto!
ouço-te ao longe ana...
e sei o que é uma galinha perder o seu pinto
São muros matulões
sem fechos ou botões
e nem um posto de vigia
doido por fotografia
Construindo indo eu
um degrau de cada vez
a escada que subiu romeu
com toda a avidez
e chegarei ao centro onde tu estás
sempre que quero e a todo o gás
e os muros cairão de vergonha
ao verem-nos em plena ronha!

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

A serpente (o novo jogo!) por "os bués" (andrezini + anufas)

A serpente
uma barriga com olhos
que ataca de repente
animal do diabo!
mete medo a toda a gente
Glutona e matreira
arma-te uma ratoeira
faz-te num oito
transforma-te em biscoito
Vamos brincar à serpente
não quebres a corrente
controla-lhe a mente
até o teclado ficar quente!

agarra o novo jogo da serpente em http://clientes.netvisao.pt/srandre/serpente/serpenteSetup.exe

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Lenga-lenga da saudade...


Saudade, vontade

Desejo, um beijo

Onde estás? Dás-me paz

Abraço, amasso

Carinho, um ninho

Calor, o teu amor

Prazer, gemer

Sorriso, paraíso

Solidão, Dá-me a mão

Arte? Amar-Te!